Tarifas Dos EUA Contra O Brasil Entram Em Vigor E Afetam Milhares De Exportações
Medida dos Estados Unidos atinge mais de 3.800 produtos brasileiros, com sobretaxas que ameaçam setores como carne, frutas e café. Governo reage com críticas e busca alternativas diplomáticas.
Por Eliel Bernardo
Publicado em 07/08/2025 14:33 • Atualizado 07/08/2025 14:33
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Crise nas Exportações: Brasil Sob Pressão dos EUA

Na quarta-feira, 6 de agosto de 2025, entraram em vigor as novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil.

A iniciativa, assinada pelo presidente Donald Trump, estabelece sobretaxas de até 50% sobre 3.800 produtos brasileiros, atingindo com força setores estratégicos da economia nacional.

Apesar de cerca de 694 produtos terem sido excluídos — entre eles, suco de laranja, combustíveis e aeronaves — uma vasta gama de exportações, como café, frutas e carne bovina, agora enfrenta elevados custos.

No caso da carne, os exportadores estimam que os encargos podem ultrapassar 76%, o que pode gerar prejuízos, encarecer produtos no mercado interno e ocasionar demissões.

De acordo com analistas, o Brasil foi o país mais atingido por essas medidas.

A justificativa da Casa Branca, segundo o governo dos EUA, está ligada tanto a fatores econômicos quanto políticos, acusando o Brasil — especialmente o Supremo Tribunal Federal — de realizar uma “perseguição política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, algo que, nas palavras americanas, representaria “uma vergonha internacional”.

O presidente Lula tentou conter os impactos da medida, afirmando que o país não será tratado como uma "república de quinta categoria" e sugeriu a adoção de moedas alternativas ao dólar.

A reação diplomática foi criticada, interpretada como um afastamento ainda maior em relação aos Estados Unidos.

No mesmo dia em que a tarifa foi anunciada, a China autorizou 183 empresas brasileiras a exportarem café para o mercado asiático — uma ação vista por analistas como parte das tensões geopolíticas entre Washington e Pequim.

Em síntese, para especialistas, essas sanções representam um golpe duro à política externa brasileira, explicitando que os Estados Unidos não toleram posturas comerciais consideradas desequilibradas ou críticas às suas pautas democráticas

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