Moradores Da Penha Transportam Cerca De 50 Corpos Até Praça Em Meio A Megaoperação
Na madrugada, moradores do Complexo da Penha (Zona Norte do Rio de Janeiro) levaram pelo menos 50 cadáveres à Praça São Lucas, após confrontos entre forças de segurança e traficantes na mata da Serra da Misericórdia — feito não confirmado pelo governo entre os mortos da operação.
Por Eliel Bernardo
Publicado em 29/10/2025 10:08 • Atualizado 29/10/2025 10:08
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“Corpos encontrados em praça da Penha alarmam comunidade após ofensiva policial”

Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, transportaram dezenas de corpos até a Praça São Lucas.

Segundo relatos, os cadáveres seriam de criminosos mortos durante troca de tiros com as forças de segurança na região da Serra da Misericórdia, conhecida como Vacaria.

O episódio ocorreu um dia após a operação considerada a mais letal da história do estado, que deixou 64 mortos — 60 suspeitos e quatro policiais.

O governo do Rio ainda não confirmou se os corpos levados pelos moradores estão incluídos nesse total.

O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, informou que as circunstâncias estão sendo apuradas.

A Polícia Civil determinou que o reconhecimento dos corpos será feito no prédio do Detran, próximo ao Instituto Médico Legal (IML), com acesso restrito a policiais e representantes do Ministério Público.

Durante a madrugada, moradores também levaram seis corpos em uma Kombi até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, localizado na própria Penha. O veículo deixou o local logo em seguida.

A operação, que contou com cerca de 2,5 mil agentes, faz parte da “Operação Contenção”, voltada ao enfrentamento de organizações criminosas que controlam o tráfico de drogas na região.

De acordo com o governo estadual, o objetivo é restabelecer a segurança e garantir a presença permanente das forças de segurança nas comunidades.

Autoridades destacam que a ação foi planejada para reduzir a influência do crime organizado e aumentar a sensação de segurança dos moradores.

As investigações continuam para identificar os criminosos mortos e apurar possíveis conexões com facções que atuam no território.

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