Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, transportaram dezenas de corpos até a Praça São Lucas.
Segundo relatos, os cadáveres seriam de criminosos mortos durante troca de tiros com as forças de segurança na região da Serra da Misericórdia, conhecida como Vacaria.
O episódio ocorreu um dia após a operação considerada a mais letal da história do estado, que deixou 64 mortos — 60 suspeitos e quatro policiais.
O governo do Rio ainda não confirmou se os corpos levados pelos moradores estão incluídos nesse total.
O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, informou que as circunstâncias estão sendo apuradas.
A Polícia Civil determinou que o reconhecimento dos corpos será feito no prédio do Detran, próximo ao Instituto Médico Legal (IML), com acesso restrito a policiais e representantes do Ministério Público.
Durante a madrugada, moradores também levaram seis corpos em uma Kombi até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, localizado na própria Penha. O veículo deixou o local logo em seguida.
A operação, que contou com cerca de 2,5 mil agentes, faz parte da “Operação Contenção”, voltada ao enfrentamento de organizações criminosas que controlam o tráfico de drogas na região.
De acordo com o governo estadual, o objetivo é restabelecer a segurança e garantir a presença permanente das forças de segurança nas comunidades.
Autoridades destacam que a ação foi planejada para reduzir a influência do crime organizado e aumentar a sensação de segurança dos moradores.
As investigações continuam para identificar os criminosos mortos e apurar possíveis conexões com facções que atuam no território.